22 de setembro de 2009

Sócrates (o filósofo)


Só sei que nada sei!
Esta frase faz cada vez mais sentido à medida que aprofundamos o estudo de qualquer tema, em especial se estivermos na senda da excelência.
E tem-me acontecido.
Em ligação ao desenvolvimento do estudo de Mapas Mentais, comecei há uns anos a interessar-me por Coaching e Programação Neurolinguística. Decidi então fazer um curso no More Institut, pensando que ficaria satisfeito.
Eu fiquei satisfeito com o curso, mas a minha curiosidade não!
Vou agora fazer o 4º e o 5º cursos, entre Outubro e Julho do próximo ano.
E estou aterrorizado!!! Se agora acho que não sei nada, e já fiz 3 cursos, como estarei daqui a um ano??
É verdade, tenho caminhado sucessivamente dum estado de inconsciente incompetência (no que a estes temas diz respeito, entenda-se) para um estado de consciente competência, que rapidamente vai para um novo estado de consciente incompetência, ou seja, sempre que tomo conhecimento com uma nova matéria apercebo-me que "...nada sei" e então tenho que estudar mais.
Só fico satisfeito porque, como Sócrates (o filósofo) a minha sede de conhecimento é insaciável e porque sei que a Excelência (essa, com Letra Grande) está sempre à nossa frente, pelo que temos que nos esforçar permanentemente, caminhando na sua direcção... o que não significa que a alcancemos, mas tudo o que fazemos nesse sentido vale o esforço, pois cada dia somos intelectualmente mais ricos.
A cada dia que passa este blog faz mais sentido. Ainda que ninguém o leia! Pelo menos posso aqui manifestar as minhas intenções. É isso! É um manifesto de intenções!
Como eu entendo Sócrates (o filósofo). À medida que avanço para os 50, sem nunca parar de estudar, a frase "só sei que nada sei" - que ouvi pela primeira vez teria uns 16 anos - tem cada vez mais sentido!
Estou agora certo que o vício pela leitura e pelo estudo, assim como a obsessão pela excelência, não fazem mal a ninguém!

2 comentários:

Gelo disse...

eu leio pá!
há que limitar o número de perguntas que abres com cada resposta senão a frustração do Sócrates (filósofo) domina-nos a vida. Quem me dera viver 200 anos mas, nessa impossibilidade há que perceber que não temos tempo para assimilar e viver uma pequena parte sequer da existência. Como tal, cada vez que fecho uma porta e se abrem 10 janelas, corro a fechar seis ou sete para não dar em doido. E quando não faço isso, disperso-me de tal modo que começo 10 coisas que nunca serão acabadas.
é a vida! A pouca que temos.

Daniel Lança Perdigão disse...

Está bem observado e tomei nota! Esse texto de arrepiar (de frio, Gelo, claro!) até podia ter sido retirado do livro "O Ponto Morto" de Seth Godin (o Blogger).
É que nele (no livro) foca-se muito aquela velha questão de que os fortes e bem sucedidos nunca desistem e nele (no Livro) essa ideia é contrariada: há que saber do que desistir (do que não importa) para conseguir levar a bom porto, com sucesso, aquilo em se aposta (sem dinheiro). Percebo que feches as tais 6 ou 7 (janelas). O Sócrates (qual deles?) não sei se o faz, mas deve fazer pois ficou famoso (o Filósofo) e tem-se safo muito bem, no que à rpomoção da sua imagem diz respeito (o outor).
É a vida! A muita que temos.