30 de outubro de 2008

Foco nas pessoas


Já recebi o livro "Performance Leadership: The Next Practices to Motivate Your People, Align Stakeholders and Lead Your Industry" no passado dia 21 de Outubro. A Amazon.co.uk demorou, mas não houve relação com a entrega… acabou de ser impresso e ainda chegou quente!
Ainda não li muito, mas o que já li vem comprovar as minhas expectativas.
Claro que utilizo algumas técnicas de leitura, pelo que já “vi” o livro todo. Comecei por dar uma vista de olhos ao índice, ao livro e ao final (“overview”), já lhe fiz uma pré-visualização página a página (“preview”), estou na fase de o ver a sério - ler (“inview”) e no fim farei uma revisão (“review”). E vou sintetizá-lo em Mapas Mentais (sobre mapas mentais ver o Blog dos Mapas Mentais).
A INTRODUÇÃO
Na introdução o Frank deixa algumas questões no ar, como por exemplo: Porque falham tantos projectos de Balance Scorecard? Porque há tantos jogos políticos em redor dos orçamentos? Porque a maioria dos projectos de gestão de desempenho (desculpem, de performance management) são fragmentados e raramente os gestores vêem a big picture? Porque a maior parte dos gestores usam a informação como fonte de poder para se protegerem e não como um bem valioso a explorar? Porque é pedida informação melhor quando há milhares de relatórios disponíveis?
Estas questões levam-nos a questionar se haverá uma melhor forma de gerir o desempenho (a performance, claro!).
Por fim, na introdução, é-nos lançado o desafio da mudança do paradigma: e que tal se um indicador chave (kpi) fosse pertença de dois responsáveis, em vez de um único, como mandam as melhores práticas? A desvantagem é óbvia (ou talvez não), se a responsabilidade for partilhada, não há responsabilidade! É aqui que o Frank vai tocar, demonstrando, ao longo do livro, que podemos endereçar este (aparente) problema.
O CAPÍTULO I (“setting the scene”)
“Nem tudo o que conta, pode ser contado. E nem tudo o que pode ser contado, conta.” - Albert Einstein
É assim que começa este capítulo, que, como o título refere, nos vai colocar na cena actual. Prosseguindo com a afirmação de que a medição induz o comportamento (algo que conhecemos do estudo do comportamento organizacional).
É claro que em cada uma das disciplinas funcionais na organização – finanças, marketing, logística, produção, compras, recursos humanos e tecnologias de informação – a medição é um elemento chave da gestão.
E é aí que reside a questão: focamo-nos na gestão do desempenho (performance management) ou na medição do desempenho (performance measurement)?
Desenvolvido este tema vamos chegar ao ponto fulcral. Porque os gestores se focam tanto nos números das folhas de cálculo e tão pouco naquilo que é físico e tangível: os comportamentos humanos. As pessoas contam. Devem contar. Trabalham ou não trabalham, mas contam acima de tudo.
O tema continua a ser desenvolvido, de forma muito interessante, do ponto de vista do alinhamento estratégico. É abordada a análise PEST (clima Político, a parte Económica dos negócios, a Sociedade e os desenvolvimentos Tecnológicos).
E, finalmente, vamos começar a deixar de falar em Best Practices e começar a falar em Next Practices, como o Frank lhes chama. E em Performance Leadership (desculpem, Liderança do Desempenho, que dá título à obra).
Na verdade a Medição do Desempenho foca-se no passado, no que aconteceu.
A Gestão do Desempenho implica uma aproximação mais cuidada e metodológica, fazendo a ligação entre objectivos e resultados.
Mas a Liderança do Desempenho não é apenas um processo e não é apenas um sistema, é acerca das pessoas!
Vou continuar a apreciar (e a blogar sobre) o livro e sugiro que o leiam. Comprem-no e leiam-no. Vale a pena!

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